Nettsider med emneord «identidade»
Este ano em Portugal vejo muitos livros de História, e muitos romances históricos, histórias que se passam na História, geralmente de Portugal. Visto que (ainda?) não os li, apenas posso constatar, com surpresa e talvez com preocupação, que os portugueses de repente parecem muito centrados no passado.
Lembro-me de o meu antigo professor do Britânico, George Lind Guimarães, dizer numa aula que o estatuto dos médicos na Inglaterra era muito baixo, ao contrário de Portugal, como o provava o enorme número de escritores médicos portugueses. E o mesmo se podia dizer em relação a engenheiros.
No meu trabalho (de sapa) de criar o PANTERA, http://www.linguateca.pt/PANTERA/, e correspondente procura de edições de livros portugueses na Internete, deparei-me com um sítio muito interessante -- por várias razões.
Esta entrada é um pouco pessimista. Por um lado, eu acredito nela (na identidade lusófona) e tenho dedicado a minha vida profissional ao seu fortalecimento e divulgação (na vertente computacional).
Está na hora de separar a profissão de investigador, ou pesquisador, da área ou áreas em que se tenta contribuir para o conhecimento humano, por uma lado, e da área que nos paga a nossa subsistência, por outro. Porque cada vez mais, ao contrário do que alguns locais de trabalho ou organizações pretendem fazer crer, com palavras de ordem como "uma universidade de pesquisa" ou outras semelhantes, pagam-nos para dar aulas e corrigir trabalhos de alunos, enquanto investigamos em "áreas interdisciplinares" que não fazem qualquer sentido para o comum dos mortais, e que: ou nos obrigam, após um suspiro, a uma descrição complexa e complicada, ou nos fazem escolher arbitrariamente uma parte para atalhar a conversa e a confusão.